Pesquisas apontam que quem come mais calorias à noite representa maior risco para
desenvolvimento de obesidade e menor resposta no processo de emagrecimento
Um estudo publicado em 2013 pela National Library of Medicine reuniu 93 mulheres com obesidade, que foram submetidas a dois protocolos de dieta por 12 semanas:
- Grupo 1: Ingestão de 1400 kcal/dia, sendo que 700kcal foram ingeridas no café da manhã, 500 Kcal no almoço e apenas 200 Kcal no jantar;
- Grupo 2: Ingestão de 1400 kcal/dia, sendo que 200 kcal foram ingeridas no café da manhã, 500 kcal no almoço e 700 kcal no jantar.
O horário das refeições e a composição dos macronutrientes foi a mesma em ambos os grupos.
Os resultados foram interessantes:
- O grupo 1 teve maior redução no peso corporal, maior emagrecimento, além de menor circunferência da cintura;
- Os dois grupos apresentaram melhora o controle glicêmico, entretanto, o grupo 1 apresentou maior redução da glicose e insulina;
- A concentração de triglicerídeos reduziu 33,6% no grupo 1. Já o grupo 2 teve redução de 14,6%;
- Os índices de saciedade foram maiores no grupo 1 e a concentração de grelina (hormônio da fome) foi maior no grupo 2;
Ainda foi possível observar, de acordo com outros estudos acadêmicos, é que trabalhadores noturnos apresentam maior risco de obesidade e síndrome metabólica.
Assim, como lembra a nutricionista Débora Romualdo Lacerda, quando se fala em emagrecimento, é muito importante considerar, além das calorias ingeridas, a qualidade dos alimentos e também o horário das refeições. Além disso, “não adianta comer menos no período da noite se durante o dia seus hábitos alimentares foram inadequados”, explica.
Referências:
Meta-analysis on night shift work and risk of metabolic syndrome
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